Surgido nos anos 70, Resíduo Zero é um conceito inspirado nos ciclos naturais de vida, eficientes e sustentáveis, em que tudo é transformado em outros recursos, sem desperdício e sobras.
“Resíduo Zero é, ao mesmo tempo, uma estratégia em que é utilizado um conjunto de ferramentas que buscam eliminar o desperdício ao invés de apenas gerenciá-lo. Incorporar o conceito de Resíduo Zero implica também mudança de cultura, baseada na maior compreensão das relações entre produção, consumo e valorização dos recursos naturais, públicos e econômicos. Para que as ações sejam concebidas e implementadas de forma coerente, são necessários programas e projetos, tais como campanhas educativas, contínuas e permanentes”.
Uma gestão baseada no Resíduo Zero Busca:
1.
A não geração, redução e eliminação dos resíduos gerados.
2.
Minimizar os impactos negativas no solo, na água, no ar e nos ecossistemas, em geral, que podem ser nocivos ou ameaçar a saúde planetária – animal, humana e vegetal – e provocar irreversíveis alterações climáticas;
3.
Projetar e gerenciar produtos e processos para reduzir o volume e a toxicidade dos resíduos e materiais;
4.
Conservar e recuperar recursos naturais;
5.
Não incinerar ou enterrar resíduos;
6.
Incentivar o consumo de produtos passíveis de recondicionamento e serviços voltados para tal.
Como horizonte político, o conceito Resíduo Zero está alinhada com a PNRS, na medida em que esta tem como um de seus objetivos, nesta ordem de prioridade, a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos, bem como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (Art. 7º, II, da Lei 12.305/2010). Significa que, em primeiro lugar, toda iniciativa, programa ou projeto na área de resíduos sólidos deve buscar avançar no sentido da não geração.