Surgido nos anos 70, Resíduo Zero é um conceito inspirado nos ciclos naturais de vida, eficientes e sustentáveis, em que tudo é transformado em outros recursos, sem desperdício e sobras.
Adotar o conceito Resíduo Zero significa:
minimizar os impactos no solo, na água, no ar e nos ecossistemas, em geral, que podem ser nocivos ou ameaçar a saúde planetária – animal e vegetal – e provocar irreversíveis alterações climáticas
projetar e gerenciar produtos e processos para reduzir o volume e a toxicidade dos resíduos e materiais
conservar e recuperar recursos naturais
não queimar ou enterrar resíduos
incentivar o consumo de produtos e serviços com o conceito Resíduo Zero.
Estratégia
Uma estratégia Resíduo Zero é essencial a uma economia eficiente no uso de recursos e inclusiva, respeitando a diversidade dos ecossistemas e aumentando a coesão social. Isto é possível por:
criar muitos postos de trabalho
fechar o ciclo de materiais
devolver nutrientes para o solo
reduzir o impacto ambiental do descarte de resíduos
incentiva a inovação em design de produto e
aumentar a participação dos cidadãos para a construção de cidades mais sustentáveis.
Economia circular
Finalmente, uma economia circular pode integrar os catadores de recicláveis como atores centrais no sistema de gestão e abrir iniciativas relativas à reutilização e reciclagem de materiais.
Resíduo Zero é, ao mesmo tempo, uma estratégia e um conjunto de ferramentas para eliminar o desperdício ao invés de apenas gerenciá-lo. Incorporar o conceito Resíduo Zero implica também mudança de cultura, baseada na maior compreensão das relações entre produção, consumo e valorização dos recursos naturais. E para que as ações sejam concebidas e implementadas de forma coerente, são necessários programas e projetos, tais como campanhas educativas públicas e privadas.
Pesquisa alerta para problemas devido a aumento de temperatura e chuvas no continente
Além de elevar a temperatura, as alterações do clima vão colocar a saúde da população à prova. Na América Latina, ondas de calor podem aumentar a mortalidade de idosos nas próximas décadas. As precipitações multiplicariam a incidência de enfermidades transmitidas por vetores, como malária e leishmaniose, inclusive em metrópoles onde já haviam sido erradicadas. A dengue, um mal comum nos meses mais quentes, teria casos registrados durante o ano inteiro. As localidades sem chuvas, por sua vez, registrariam uma quantidade preocupante de doenças cardiorrespiratórias e asma.
O alerta é da Rede de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Urbanas, um órgão internacional que instalou ontem, na Fiocruz, no Rio, a sua sede latino-americana. Os dados fazem parte de um relatório que será divulgado em dezembro, na Conferência do Clima em Paris.
A Rede mapeou como as mudanças climáticas devem alterar o cenário de cem cidades no mundo. Seu diagnóstico é que a temperatura global pode subir de 1 a 4 graus Celsius. O índice de precipitação pode variar radicalmente, com aumento de até 25% ou redução de aproximadamente 20%, dependendo do centro urbano.
Leia a matéria completa em http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/caos-no-clima-trara-mais-doencas-metropoles-latinas-17769023
Em parceria com a Prefeitura Municipal de Itanhaém, o Instituto Pólis lançou a publicação “Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos – Uma proposta para Itanhaém”. O documento é resultado do trabalho que foi desenvolvido ao longo de um ano e meio para a concepção de um novo sistema de coleta seletiva e biodigestão na cidade de Itanhaém. O projeto foi realizado com apoio da LARCI- Latin America Regional Climate Initiative.
O intuito do Projeto de Implementação de Sistema de Biodigestão no Município de Itanhaém é promover, disseminar e contribuir para a implantação de alternativas tecnológicas de manejo e disposição final dos resíduos sólidos urbanos (RSU), segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Dessa forma, o trabalho pretende cooperar para uma transformação na cultura de gestão de RSU.
As responsáveis pela construção do projeto foram Elisabeth Grimberg, coordenadora de Resíduos Sólidos do Instituto Pólis, e Rosana Bifulco, secretária de Planejamento e Meio Ambiente de Itanhaém. Clauber Leite e Roberto Kishimani, especialistas em Energias Renováveis e Resíduos Sólidos, também colaboraram para a realização do trabalho. Além disso, a interlocução com a LARCI foi feita por Ruy de Goes, consultor da instituição.
Segundo Grimberg, “Itanhaém foi escolhida para iniciar o projeto porque seu Plano de Gestão tem uma previsão de coleta seletiva em 3 tipos (orgânico, reciclável e rejeitos)”. Integrante da Região Metropolitana da Baixada Santista, a cidade expressa em seu Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos — PGIRS/PMI o objetivo de mudar a cultura de gestão de tratamento dos RSU.
Link para a publicação: https://residuozero.org.br/biblioteca/gestao-sustentavel-de-residuos-solidos-urbanos-uma-proposta-para-itanhaemsp
Reunião da Mobilização Mundial pelo Clima em 23 de setembro na sala Crisantempo.
Já no clima da COP21 a Aliança Resíduo Zero Brasil está participando das reuniões preparatórias da Mobilização Mundial pelo Clima, que ocorrerá em São Paulo no dia 29 de novembro, véspera da COP21.
No ano passado foram mobilizadas em todo o mundo 700 mil pessoas na Marcha do Clima. Este ano teremos em São Paulo uma caminhada da Avenida Paulista para o Parque do Ibirapuera com oficinas culturais e educativas.
Vamos pressionar os líderes políticos do Brasil e do mundo a adotarem metas pela redução dos gases de efeito estufa.
Em todo mundo e também no Brasil estamos perdendo espécies de animais por causa do aquecimento global, ecossistemas estão sendo alterados e populações estão se tornando refugiados climáticos.
Vamos pressionar por um futuro melhor, diferente do apontado pelos cientistas para o atual aquecimento climático.
Estão engajadas nessa mobilização as entidades:
Avaaz
Bolsa de Valores Ambientais (BVRio)
Ceará pelo Clima
Cidade Ativa
Climáx Brasil
Coletivo Sistema Negro
Engajamundo
#EuVoto
Greenpeace Brasil
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC)
Imargem
Instituto Pólis
Minha Sampa
Observatório da Política Nacional de Resíduos Sólidos
Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) do CEAGESP. Fonte: Revista Exame
Neste mês de setembro Elisabeth Grimberg e Clauber Leite, copromotores da ARZB, estiveram no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) do CEAGESP na capital paulista para conhecer os planos de compostagem do maior entreposto de alimentos da América Latina.
Angelo Bolzan, Coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Ubiratan Martins Ferraz, também da Coordenadoria de Sustentabilidade, receberam os representantes da ARZB. Após conhecer os objetivos e trabalhos da Aliança eles apresentaram que o ETSP e os demais 12 entrepostos do Estado estão estudando soluções para seus resíduos orgânicos no processo de armazenamento e transporte do campo à mesa.
Essas soluções levam em conta tanto a sustentabilidade ambiental como econômica, estando entre elas a biodigestão para a produção de adubo orgânico.
O ETSP possui uma área de 700 mil m² e produz em torno de 150 toneladas de resíduos ao dia. Nele são comercializados produtos vindo de 1.500 municípios de 22 estados brasileiros e também de 19 países. Os compradores são principalmente feirantes, supermercados, peixarias, restaurantes e sacolões.
Desde 2003 o Banco GEAGESP de Alimentos (BCA) coleta, seleciona e distribui alimentos oferecidos por produtores e comerciantes atacadistas (permissionários) para entidades sociais do Estado de São Paulo, estando presente na capital e nos entrepostos de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Desde então são distribuídas aproximadamente 167 toneladas de alimentos por mês para mais de 160 instituições só na capital paulista.
A Aliança Resíduo Zero Brasil acompanhará as ações do CEAGESP em busca de soluções sustentáveis para os seus resíduos.
Texto publicado nesta segunda-feira, 28 de outubro, na Folha de São Paulo aponta dados divulgados pela CETESB sobre a destinação final dos resíduos dos municípios paulistas que não possuem aterro sanitário.
Segundo o estudo 235 municípios despejam resíduos à quilômetros de distância em aterros particuláres e municipais de outros municípios.
Veja a matéria completa em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/09/1687275-por-falta-de-aterro-ou-entrave-lixo-em-sp-viaja-ate-224-km-a-destino-final.shtml
A ação política deve ser imediata! Nossos/as governantes continuam tímidos nas negociações e na apresentação de metas. O Brasil, sétimo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, precisa dar exemplo e ser mais ousado em suas metas.
Como ação urgente e imediata desta luta, convocamos a todas e todos para se reunirem conosco no dia 29 de novembro de 2015, às 14 horas, na Avenida Paulista (vão livre do MASP), em São Paulo, na Mobilização Mundial pelo Clima.
No dia 29 de novembro, um dia antes de os/as líderes se reunirem em Paris, vamos realizar a maior mobilização da história contra as mudanças climáticas. Em São Paulo, faremos oficinas culturais e educativas na Avenida Paulista e uma passeata até o Parque Ibirapuera. Esta mobilização segue os passos do movimento global que mobilizou cerca de 700 mil pessoas pelo mundo na Marcha do Clima de setembro de 2014. Agora, vamos unir as pessoas em prol de metas de redução de gases de efeito estufa ambiciosas, que respeitem as diferenças entre países, mas que reflitam a vontade popular de proteger nossas cidades e todas as formas de vida que habitam este planeta.
Uma meta revolucionária é possível. Deve envolver a transformação das matrizes energéticas globais, com a descarbonização e priorização de fontes renováveis e limpas, o combate ao desmatamento global e o reflorestamento de áreas já desmatadas. As metas que os países apresentarão em Paris poderão mudar o mundo para melhor. Há anos, a sociedade civil luta por um novo modelo de desenvolvimento e vem mostrando, com experiências concretas, que ele é possível.
As mudanças climáticas são um tema de interesse universal. Ao falar de clima, pensamos em nossas lutas cotidianas, em uma sociedade menos pautada pelo consumismo, que promova formas de trabalho justas, matrizes energéticas renováveis, mobilidade e cidades sustentáveis, o cuidado com nossas águas, produção de alimentos e nossas florestas. Um acordo como este que será firmado em Paris, com impacto tão grande em nosso modo de vida, não pode passar despercebido pelos povos e nações.
Nós, organizações, coletivos e redes abaixo-assinados, nos comprometemos com a luta de combate às mudanças climáticas e um desenvolvimento justo e sustentável. Juntos, pedimos ao governo brasileiro e aos/às líderes mundiais que cheguem a um acordo e apresentem soluções para frear a mudança do clima.
Assinam:Organizações, coletivos e redes:
Avaaz
Ceará pelo Clima
Cidade Ativa
Climáx Brasil
Engajamundo
Greenpeace Brasil
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC)
Imargem
Instituto Pólis
Minha Sampa
Acesse https://pt.surveymonkey.com/r/TB87WWHe cadastre sua entidade para participar.
Da esquerda para a direita: Nina Orlow (Nossa São Paulo e ARZB), Clauber Leite (ARZB), Maria Auxiliadora dos Prazeres (COOPERCRAL), Paulo Renato dos Prazeres (COOPERCRAL ehomenageado pelo Estado de São Paulo), Juliana Belko (ARZB) Elisabeth Grimberg (Instituto Pólis e ARZB) e Delaine Romano (Fórum para o Desenvolvimento da Zona Leste e ARZB)
Na noite de terça-feira, 22, ocorreu durante a Conferência Ethos 360º diálogo sobre a transição dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados, pela Organização das Nações Unidas, ONU. A nova Agenda 2030, inclui 17 ODS e 169 metas a serem alcançadas, por todos os governos signatários, nos próximos 15 anos.
Participaram do encontro: Caio Magri, Diretor executivo do Instituto Ethos, Gilberto Carvalho, Presidente do Conselho Nacional do SESI, Jorge Abrahão, Diretor-presidente do Instituto Ethos, Percival Caropreso, Fundador e presidente da Setor Dois e Meio Comunicação de Marketing, Renata Seabra Diretora executiva da Rede Brasileira do Pacto Global, Rodrigo da Rocha Loures, Secretário executivo do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e Sérgio Andrade, Diretor executivo da Agenda Pública.
Destacamos alguns pontos do diálogo, todos convergindo para uma perspectiva promissora da nova Agenda 2030 a ser aprovada agora em Setembro pela ONU.
Jorge Abrahão, diretor-presidente do Ethos falou que começamos a reconhecer os impactos humanos no planeta e as mudanças climáticas. Segundo ele o Brasil conseguiu avançar em algumas políticas públicas por conta dos ODM e agora precisamos verificar como as empresas podem se integrar a os ODS, com uma agenda de mobilização com de impacto nacional e local. É estratégia dos ODS reunir agendas públicas, empresas, o terceiro setor e pensar os seus objetivos de forma integrada.
Com outro enfoque Percival Caropreso, fundador e presidente da Setor Dois e Meio Comunicação de Marketing, abordou a simplicidade, a linguagem direta e objetiva dos símbolos dos ODM baseada s em placas de trânsito, a mesma linguagem proposta agora para os ODS.
Foi exibido um vídeo mostrando o sucesso dos símbolos durante a campanha dos ODM, idealizados pelo Percival e utilizados pelo mundo todo.
A Rede Brasileira do Pacto Global, criada em 2005 pela ONU visando trazer o setor empresarial para esta discussão. foi representada pela diretoraexecutiva Renata Welinski da Silva Seabra, que ressaltou a importância dos impactos das obras governamentais no meio ambiente e na sociedade. Lembrou –nos da situação dos índios no Mato Grosso do Sul e das comunidades internacionais.
Gilberto Carvalho, ressaltou que os avanços dos ODM no Brasil, foram conquistados principalmente com a parceria entre o governo e a sociedade, numa perspectiva democrática e participativa, e destacou que a nova Agenda terá continuidade nos avanços, desde que mantida essa mesma força, resultante da responsabilidade dos governos e da participação, cooperação e solidariedade coletiva.
Ao final foram homenageadas lideranças estaduais que atuaram no processo dos ODM e receberam troféus simbolizando a passagem dos ODM para os ODS, produzidos pela Cooperativa Dedo de Gente do Vale do Jequitinhonha.
Um dos homenageados pelo Estado de São Paulo foi o senhor Paulo Renato dos Prazeres*, cooperado da Cooperativa Cratera Limpa, COOPERCRAL, localizada em Parelheiros, no bairro Vargem Grande, na Cratera de Colônia, patrimônio geológico do município de São Paulo.
Estiveram presentes representando a Aliança Resíduo Zero Brasil: Delaine Romano, Juliana Belko, Nina Orlow, Elisabeth Grimberg e Clauber Leite.
Por Juliana Belko, para o portal ARZB.
*Paulo Renato dos Prazeres tem 63 anos e é catador de materiais recicláveis desde 2005.
Foi fundador e trabalha na Cooperativa de Catadores de Parelheiros Cratera Limpa, COOPERCRAL, que fica dentro da Cratera da Colônia, Vargem Grande, Parelheiros. A cratera foi originada pelo impacto de meteoro, estimado com 200m de diâmetro, há milhões de anos e é patrimônio geológico da cidade tombado pelo Condephaat. Localizada no extremo sul de São Paulo, hoje é área urbanizada e área de proteção ambiental.
A COOPERCRAL não tem veículo nem sede própria e recebe materiais para reciclagem como plásticos em geral, celulose, papelão, jornal, material ferroso , vidro, garrafas e eletrodomésticos. Faz trabalho de conscientização e nas escolas e na comunidade da região sempre em defesa importância da coleta seletiva, o cuidado com o consumo e o descarte, e no cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos..
Renato integra o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), a Rede Cata Sampa e sempre lutou não só pela melhoria da região e a valorização da categoria de catadores através de formas de produção cooperativas e populares, mas também apoiando e integrando diversos movimentos e iniciativas que melhoram a qualidade de vida e transformam a sociedade tornando a mais justa e sustentável. Ajuda também a promover outras cooperativas e movimentos em prol da coleta seletiva e contra a incineração.
Participa do Movimento Estadual pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, Nós Podemos São Paulo, desde 2008. Busca sempre participar das reuniões e de iniciativas em prol dos ODM, dedicando-se à causa coletiva, o que significa períodos de ausência na cooperativa de catadores, com o apoio e aval da COOPERCAL, especialmente de sua esposa a Maria Auxiliadora que também é catadora.
Pela sua dedicação e luta pela permanente pelas questões socioambientais e de sustentabilidade na prática, recebe de nós a homenagem.
Parte da água é reutilizada, mas 500 ml são perdidos.
Para lavar copo na torneira se utiliza 400 ml; na máquina, 100 ml.
A atitude de optar por copos de plástico no lugar dos de vidro, que tem se tornado comum em bares e restaurantes de São Paulo, não constitui uma contribuição verdadeira para se contornar a crise hídrica, como mostrou o SPTV nesta quarta-feira (11). Devido aos cortes no abastecimento, moradores também aderiram à prática.
Mas para se se fazer um copinho o plástico precisa ser derretido, colocado em uma forma e resfriado. Esse processo exige bastante água. A maior parte dela é reutilizada. Mas, pelo menos, meio litro vai embora.
A produção de copo descartável chega a consumir 500 ml de água, enquanto a lavagem feita na pia utiliza 400 ml, como estimou a Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFSP) Itapetininga. A lavagem na máquina é ainda mais econômica e gasta apenas 100 ml por copo, isto é, apenas 20% do que é gasto para se produzir um copinho plástico.
Os copos mais procurados do mercado tem capacidade para 200 ml de plástico e custa R$ 0,02. O de 300 ml, que custa R$ 0,04, tem o tamanho mais parecido com o copo utilizado em casa. O copo de plástico mais firme, o cristal, custa R$ 0,16 centavos cada.
Para quem está passando pela falta de água para lavar louça, a compra pode ser a solução do momento. A longo prazo, pode contribuir para prejudicar ainda mais o abastecimento.
O Bom Dia São Paulo já mostrou estabelecimentos na Vila Mariana, na Zona Sul, e na Vila Madalena, bairro boêmio da Zona Oeste, já adotaram os copos de plásticos. Alguns consumidores não se acostumam e chegam até a levar o próprio copo de vidro para o momento do brinde.
Foi inaugurada em junho a primeira usina de geração de energia a partir do gás de lixo orgânico de aterro sanitário no Rio Grande do Sul. A Biotérmica Energia está pronta para iniciar sua operação.
Localizada no aterro sanitário de Minas do Leão, para onde são levadas cerca de 2 mil toneladas de resíduos de Porto Alegre todos os dias, o local que também recebe resíduos de outros 130 municípios do Estado, produzirá energia suficiente para atender uma cidade com 200 mil habitantes. Com investimento superior a R$ 30 milhões pelo Grupo Solví e Copelmi Mineração, a termelétrica tem potência instalada de 8,55 MW e, a pleno, chegará a 15 MW, gerando energia limpa a partir do resíduo urbano (lixo doméstico) depositado no aterro da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR). Para tanto, utiliza o metano proveniente da decomposição dos resíduos que, em vez de ser queimado e lançado na atmosfera, é aproveitado para produção de energia. Assim, haverá a redução da emissão de CO2 em 170 mil toneladas por ano, contribuindo para a redução de gases do efeito estufa.
Ambientalmente correta: A produção de energia pela Biotérmica é um processo ambientalmente correto, não apenas de preservação, mas de melhoria do meio ambiente. Ao invés de queimar o metano produzido pelos resíduos urbanos, como ocorre na maioria dos aterros sanitários, este gás será aproveitado para produção de energia limpa. O aterro de Minas do Leão foi um dos primeiros do Brasil a obter crédito de carbono e o primeiro no mundo a incluir uma termelétrica no projeto de crédito de carbono com queima de metano em flare, ou seja, por meio de chama instável.
Diego Freire | Agência FAPESP – O debate sobre o Plano Decenal de Energia 2014, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e em fase de consulta pública, deveria ser um momento estratégico para o país reavaliar sua matriz energética.
“O Brasil deve investir aproximadamente US$500 milhões em infraestrutura energética na próxima década. A forma como o país escolher alocar esses recursos pode prendê-lo a uma infraestrutura de uso intensivo de carbono ou fazer com que avancemos para uma economia de baixo carbono”, alertou Viviane Romeiro, coordenadora de Clima do World Resources Institute (WRI) Brasil e membro do Núcleo de Pesquisa em Políticas e Regulação de Emissões de Carbono (NUPPREC) do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP).
O caminho para uma economia de baixo carbono exige que o Brasil acelere a transição para fontes renováveis e amplie a eficiência energética, investindo prioritariamente em fontes renováveis modernas, como energia solar e eólica, e ampliando a meta de participação da energia renovável de 20% para 30% em 2030. A recomendação consta do relatório Oportunidades e desafios para aumentar sinergias entre as políticas climáticas e energéticas no Brasil, elaborado pelo WRI e pela USP, com propostas de medidas para políticas voltadas à redução de emissões de gases do efeito estufa pelo país, apresentado na segunda-feira (21/09), em São Paulo (SP).
De acordo com o estudo, a porcentagem de energias renováveis na matriz energética brasileira vem caindo. De 2009 a 2014, a participação diminuiu de 47% para 39,4% – ainda superior à média mundial, de 13%, mas com tendência de continuar a cair se o investimento majoritário for para os combustíveis fósseis, como é previsto.
O relatório do WRI alerta que o Plano Decenal de Energia do governo federal, referente ao período de 2014 a 2023, prevê a destinação de mais de 70% dos investimentos no setor para os combustíveis fósseis. Somente 22% dos recursos iriam para energias renováveis.
Para que o país caminhe para uma economia de baixo carbono é preciso mudar sua matriz de energia e ampliar o impacto de políticas relacionadas ao uso de energia nos principais setores de emissão: transporte, indústria e geração de energia elétrica. Atualmente, o Brasil é o sétimo maior emissor de gases do efeito estufa.
“Sabemos onde reduzir as emissões e onde estão os maiores impactos do setor energético: no consumo de combustíveis fósseis para geração de eletricidade, para os transportes, para as indústrias e, indiretamente, para o consumo induzido pelas edificações comerciais e residenciais ao utilizarem energia e gás”, disse Oswaldo Lucon, membro do IEE e um dos responsáveis pelo relatório.
Entre as medidas recomendadas estão o aumento da economia de combustíveis e o investimento na transição para transportes de baixo carbono, a oferta de incentivos para eficiência industrial, a conciliação das políticas energéticas e climáticas e o fortalecimento do processo de planejamento com as políticas nacionais e internacionais.
O estudo recomenda também que o país priorize fontes modernas de energias renováveis, especialmente as energias eólica e solar, ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios apresentados pelos projetos hidrelétricos de larga escala.
José Goldemberg, presidente da FAPESP, destacou que as medidas apresentadas para o cenário de energia brasileiro contribuem para a definição de alternativas sustentáveis, permitindo que o país desse um salto de desenvolvimento. “Inovação e competitividade na indústria exigem ideias novas e há uma expectativa muito grande sobre o que o Brasil vai fazer a respeito. É preciso que cada país faça proposições na direção do progresso”, afirmou.
Ele destacou, na ocasião, o papel que a ciência pode exercer no processo gradativo de diminuição do impacto desses setores, especialmente nos processos industriais.
“Entre os motivos que levam a China, por exemplo, a buscar alternativas está a necessidade de modernização da indústria, e isso passa pela utilização de tecnologias que reduzam as emissões. Há uma compreensão de que isso é de interesse do próprio processo de produtividade e a FAPESP tem condições de apoiar projetos da indústria que necessitem e exijam desenvolvimentos de natureza científica ou tecnológica, modernizando suas atividades.”