Manifesto Contra a Destruição dos Resíduos Sólidos Urbanos por Desperdício Zero

Em setembro foi realizado o Encontro Latino-americano Contra a Destruição de Resíduos Sólidos Urbanos: Por Desperdício Zero com a participação de 55 pessoas de sete estados do Brasil e de três país latino-americanos: Chile, México e El Salvador.

O evento contou com os parceiros Aliança Resíduo Zero Brasil, Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, Observatório de Reciclagem Inclusiva e Solidária e apoio da Aliança Global Alternativas à Incineração – GAIA e da Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo – EDEPE.

Durante o encontro foi criado um Manifesto que traz a posição política de lideranças, instituições e operadores do direito que se somam na luta por resíduo zero, desperdício zero, ou seja: não destinar resíduos sólidos urbanos para aterros sanitários e ou incineradores ou cimenteiras.

O Manifesto é um instrumento de informação, mobilização e de posicionamento de luta para fazer frente e avançar na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Essa Política estabelece os princípios de não gerar resíduos, reduzir, reutilizar, reciclar, integrando os catadores e responsabilizando o setor privado, assim como a compostagem dos resíduos orgânicos, de responsabilidade do poder público municipal.

Manifeste seu apoio na petição: http://manifesto.residuozero.org.br/

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Encontro Latino Americano aborda destruição de recicláveis em cimenteiras e incineradores

Evento contou com a participação de delegação da América Latina e regiões do Brasil
Encontro Latino Americano aborda destruição de recicláveis em cimenteiras e incineradores

O MNCR participou no dia 10 de setembro, em São Paulo, do Encontro Latino Americano Contra a Destruição de Resíduos Sólidos Urbanos: Caminhos para Desperdício Zero no Brasil. O evento é uma iniciativa da Aliança Resíduo Zero Brasil, MNCR e o Observatório de Reciclagem Inclusiva e Solidária e teve o objetivo de definir estratégias e ações face às intensas investidas das empresas de cimento e incineração para a queima de resíduos sólidos urbanos. O evento contou com o apoio da Aliança Global Alternativas à Incineração – GAIA e da Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo – EDEPE.

“Os catadores são protagonistas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, sendo assim devem integrar de modo efetivo a gestão compartilhada dos resíduos sólidos, em todas as suas etapas, sejam quais forem os modelos adotados, inclusive nas parcerias público privadas. A incineração exclui o catador da gestão compartilhada dos resíduos sólidos.” declarou Roselaine Mendes, representante do MNCR, durante o evento.

As recentes medidas legais do governo federal, Programa Lixão Zero e a Portaria Interministerial Nº 274, ambas promulgadas em 30 de abril de 2019, indicam a aposta na queima de cerca de 80% de matéria reaproveitável – sejam os resíduos recicláveis ou compostáveis – como solução para o gerenciamento de resíduos no país.

O tema da incineração de resíduos sólidos urbanos foram tema de debate com a participação da professora Dra. Brisa Gallegos da Facultad de Geografía – Universidad Autónoma del Estado de México, do Diretor do Centro de Tecnologia Apropriada de El Salvador , Ricardo Navarro, da ativista Valéria Nacif, da cidade de Barroso, Minas Gerais, e da professora Auxiliadora Santi – Universidade Federal de Ouro Preto. A coordenadora na América Latina da GAIA, Magdalena Danoso, Chile, abordou a panorama mundial sobre a queima dos resíduos, além da tendencia de diminuição desse tipo de tecnologia em países desenvolvidos fruto de organização da sociedade organizada e de programas de redução e resíduo zero.

“Incineração é o sistema de tratamento mais caro – em construção, manutenção e operação. Cinzas e outros resíduos da incineração contêm dioxinas, furanos e outros Poluentes Organicos Persistentes (POPs) altamente tóxicos em níveis que são uma ameaça para a saúde humana e do meio ambiente”, denunciou Magdalena Danoso, durante o evento.

Uma mesa com representantes da procuradora-chefe Ministério Público do Trabalho, Margareth Matos, Cláudio Santos da Defensoria Pública da União, Dr. Paulo Alvarenga do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e do representante da Associação Brasileira de Membros do Ministério Público do Meio Ambiente (Abrampa), Dr. José Edurado Lutti, debateram os desafios legais para proteção do meio ambiente e dos direitos humanos.

Ao final do evento foi comunicado o compartilhamento de uma minuto do Manifesto contra a Incineração e Destruição de Resíduos Sólidos, para que os participantes possam analisar e opinar sobre o documento que pretende subsidiar com informações técnicas e cientificas o tema da incineração de resíduos em fornos de cimenteiras, incineradores e CDR. Serão programados lançamentos regionais do Manifesto, além de seminários e atividades educativas.

 

 

 

Composto no solo é chave contra mudanças do clima na Califórnia

Fertilizante natural de resíduos orgânicos para pastagens e plantações sequestra carbono da atmosfera

-Notícia de 02/2019

A aplicação de composto de resíduos orgânicos no solo para capturar carbono da atmosfera está na agenda de combate às mudanças climáticas na Califórnia. E tem o potencial de zerar as emissões do Estado, afirma o coordenador do Programa Resíduo Zero Residencial da prefeitura de São Francisco, na Califórnia (EUA), Kevin Drew.

A  discussão sobre estratégias para captura de carbono foi o foco do seminário “Desperdício Zero: sequestro de carbono e clima”, realizado dia 31 de janeiro, em São Paulo, com a presença de Drew. Ele veio a convite do Instituto Pólis e da Aliança Resíduo Zero Brasil.

O último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alerta para a necessidade de introduzir mudanças de comportamento no prazo de 12 anos, para brecar o aumento do aquecimento global. O estudo propõe limitar o aumento global das temperaturas a 1,5 grau Celsius.

Drew relatou os resultados de estudos científicos feitos sobre a aplicação de composto resultante dos resíduos domésticos em fazendas de um cinturão verde próximas de São Francisco. Mostrou resultados e fez prognósticos
positivos.

O processo tem o potencial de anular todas as emissões de carbono residenciais e comerciais do Estado, com custos reduzidos, pois usa os resíduos orgânicos.

Retirar carbono da atmosfera, em vez de apenas reduzir as emissões, está sendo considerada estratégia cada vez importante para impedir as mudanças climáticas.

A Califórnia é o maior produtor agrícola dos EUA. Secas, incêndios e o uso intensivo são responsáveis pelo empobrecimento crescente do solo.

São Francisco tem o sistema de compostagem mais extenso do país. Separa o resíduo domiciliar em três frações desde 1998: materiais recicláveis, orgânicos compostáveis e rejeitos. Esta é a chave para qualquer programa de aproveitamento de resíduos orgânicos, como se sabe.

O Estado da Califórnia aposta nisso e deve construir ou expandir 200 instalações de compostagem nos próximos anos. E, até 2025, será proibido o envio de matéria orgânica a aterros sanitários, para evitar a geração crescente de metano e justamente para criar o estoque de composto para colocar no solo.

Um estudo da Universidade de Berkeley calculou que cobrir 5% das pastagens degradadas da Califórnia, com aproximadamente 1,26 centímetros de composto, removeria uma quantidade de carbono aproximadamente igual ao CO liberado pelo fornecimento de energia para as casas e empresas do Estado durante um ano, cerca de 28 milhões de toneladas, ou 80% das emissões do setor agrícola e florestal do Estado.

O cálculo leva em conta o carbono propriamente extraído e a redução nas emissões do aterro sanitário, por causa do desvio dos orgânicos. Aplicado ao solo, o composto, que é um fertilizante natural, faz as plantas crescerem. A fotossíntese atrai o dióxido de carbono do ar e libera oxigênio. Quanto maiores as plantas, mais carbono elas usam.

A meta de zerar as emissões do Estado até 2045 está sendo perseguida de verdade. Um grande consórcio de universidades e centros de pesquisa recebeu uma doação de US$ 4,7 milhões do Conselho de Crescimento Estratégico da Califórnia para pesquisar métodos escalonáveis de uso de aditivos para o solo para capturar os gases do efeito estufa.

O consórcio vai conduzir e supervisionar 29 locais de tratamento e controle em toda a Califórnia, para avaliar comparativamente o sequestro com a adição de rocha pulverizada, composto e biochar (espécie de carvão vegetal rico em carbono) em diferentes tipos de culturas e pastagens.

No anúncio do lançamento do consórcio, o diretor do Instituto de Meio Ambiente John Muir e membro do Escritório do Conselho de Liderança Global do Clima da Universidade da Califórnia, professor Ben Houlton, disse que a alteração do solo com materiais naturais pode “ajudar a restaurar a saúde e aumentar o rendimento das culturas, capturando o dióxido de carbono e bloqueando-o para que não cause impactos climáticos que prejudiquem as pessoas, os ecossistemas e a economia”.

O ex-governador do Estado Jerry Brown dotou US$ 18 milhões para a Iniciativa de Solos Saudáveis, um programa que incentiva os produtores a adotarem técnicas da agricultura regenerativa, que aumenta a produtividade do solo em plantações, pastagens e reservas. O bônus? Promove captura de carbono.

No Brasil, lembra Elisabeth Grimberg, coordenadora de Resíduos Sólidos do Pólis, as prefeituras ainda não assumiram sua responsabilidade de coletar os resíduos orgânicos domiciliares separados dos rejeitos e dos recicláveis, conforme indicado na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

“O Brasil tem cerca de 4900 municípios, dos 5.570, com até 50.000 habitantes. Ou seja, as fronteiras entre áreas urbanas e rurais são muito próximas, o que viabiliza a destinação dos resíduos orgânicos domiciliares e de poda para unidades de compostagem a curta distância do local de geração”, observa.

“Isso evitaria longos deslocamentos de caminhões até aterros sanitários, redução de emissões de metano nesses locais e de CO² no transporte dessa matéria. Essas unidades de compostagem poderão ser geridas de forma compartilhada”, afirma.

Segundo ela, um conjunto de municípios poderia operar o sistema de tratamento em uma mesma unidade, garantindo benefícios econômicos e ambientais.

“Essa mudança na cultura de gestão dos resíduos orgânicos no país pode tomar como referência experiências exitosas como em São Francisco, na Califórnia ou em diversas cidades da Itália, como Parma”.

Elisabeth lembra que, no Brasil, o setor privado tem mostrado que é viável tanto a compostagem em escala, caso da Tera Ambiental, em Jundiaí, em São Paulo, quanto de biodigestão, caso do Consórcio Verde Brasil, em Montenegro, no Rio Grande do Sul.

“A mudança depende de vontade política das prefeituras e pressão da sociedade civil”, diz.

Mara Gama
Jornalista e consultora de qualidade de texto.

 

Fonte: Folha de S. Paulo

127 países do mundo já têm leis com restrições ao plástico. O Brasil não é um deles

-Notícia de abril/2019

127 países do mundo já tem leis com restrições ao plástico. O Brasil não é um deles

A cada ano, mais de 8 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos, provocando prejuízos à vida marinha, à pesca e ao turismo. O custo desses danos aos ecossistemas aquáticos gira em torno de, pelo menos, US$ 8 bilhões por ano.

Só em 2016, a produção mundial de materiais plásticos foi de 280 milhões de toneladas, das quais cerca de 1/3 eram de uso único, aqueles descartáveis, que após poucos minutos de utilização, são jogados no lixo e raramente, reciclados.

Os dados acima são do estudo internacional “Limites Legais sobre Plásticos e Microplásticos de Uso Único: Uma Revisão Global das Leis e Regulamentos Nacionais” , elaborado pela ONU Meio Ambiente, em parceria com o World Resources Institute (WRI).

O levantamento analisou legislações referentes ao plástico em 192 países. Em julho de 2018, 66% deles, ou seja, 127 nações já tinham aprovado leis e restrições, incluindo aí taxas e impostos, sobre o comércio e a distribuição de produtos fabricados com esse tipo de material.

Infelizmente, o Brasil não está entre os 127. Existe um projeto de lei que restringe uso de plástico no país, mas ele ainda está em tramitação na Secretaria de Apoio à Comissão de Meio Ambiente do Senado.

Algumas cidades e estados, entretanto, estão sendo mais rápidas do que o governo federal e implementando mudanças. É o caso do Rio de Janeiro, que foi o primeiro estado do país a proibir produtos com microesferas plásticas e Fernando de Noronha que baniu o uso e a venda de plásticos descartáveis.

#ChegaDePlástico

O estudo global das Nações Unidas foi dividido em três temas: sacolas plásticas, plástico de uso único e micropartículas plásticas. Estas últimas são esferas menores do que a ponta de um alfinete, praticamente invisíveis a olho nu. Adicionadas a produtos de beleza e cosméticos, as partículas são feitas principalmente de polietileno (PE), mas também de polipropileno (PP), polietileno tereftalato (PET), polimetilmetacrilato (PMMA) e nylon.

Não biodegradáveis, elas passam pelo ralo e vão parar direto no sistema de esgoto. Como as estações não conseguem filtrar estas microesferas poluentes, o plástico acaba tendo como destino final o mar.

Abaixo as principais constatações encontradas:

Sacolas plásticas

– A forma mais comum de regulamentação sobre as sacolas plásticas é a proibição de sua distribuição gratuita no varejo, o que já acontece em 83 países. Seguem-se as proibições de fabricação e importação, com 61 países adotando essa norma;

– Até julho do ano passado, apenas 27 países instituíram impostos sobre a fabricação e produção de sacolas plásticas, enquanto 30 cobravam taxas federais aos consumidores pelas mesmas;

– 43 países incluíram em sua legislação elementos de responsabilidade estendida do fabricante relacionados a sacolas plásticas;

– 51 países adotaram medidas legais para implementar metas de reciclagem.

Plástico de uso único

– 27 países promulgaram por lei algum tipo de proibição em referência ao plástico de uso único ou produtos específicos, como por exemplo, pratos, copos, canudos e embalagens descartáveis, e aqueles feitos com poliestireno (isopor);

– Pequenos Estados insulares (ilhas) têm sido muito mais propensos a legislar nacionalmente sobre o plástico de uso único. Eles soma dez países (37% do total analisado);

– 29 países promulgaram algum tipo de sobrecarga sobre plásticos de uso único, seja como imposto ambiental especial, taxas ou encargos de descarte de resíduos ou na forma de impostos mais altos para plásticos descartáveis;

– 63 nações adotaram medidas de Responsabilidade Estendida do Fabricante (EPR, na sigla em inglês), tais como esquemas de devolução de produtos, reembolso de depósitos e garantias de coleta e devolução de resíduos.

Micropartículas plásticas

– Até meados de 2018, oito países estabeleceram proibições às micropartículas de plástico, por meio de leis ou regulamentos nacionais. Estes países são Canadá, França, tália, República da Coreia, Nova Zelândia, Suécia, Reino Unido e Irlanda do Norte e Estados Unidos.

– Bélgica, Brasil, Índia e Irlanda propuseram novas leis oque proíbem microesferas em nível nacional. A União Europeia também iniciou o processo para restringir a adição intencional de microplásticos a produtos de consumo e uso profissional.

Pressione o governo!

Se você acha que é hora do Brasil se juntar a tantos outros países e ter uma legislação mais moderna e sustentável, faça a sua parte!

Uma pesquisa realizada pelo DataSenado, com mais de 6 mil pessoas, revelou que os entrevistados são majoritariamente a favor da proibição do uso de sacolas plásticas, utensílios descartáveis, cosméticos com micropartículas de plástico e sobretudo, canudinhos. Das pessoas que participaram da enquete no site do Senado, 83% afirmaram que são a favor de banir canudos plásticos, conforme você confere abaixo.

Projeto de lei que restringe uso de plástico no Brasil ganha enorme apoio popular. Agora só falta virar lei!

É preciso pressão popular para que o projeto de lei n263/2018 seja aprovado. Você pode dar sua opinião na consulta pública, no site do Senado, neste link.

Abaixo da pergunta “Você apoia esta proposição”, basta você clicar SIM, após fazer um breve cadastro.

Participe, compartilhe, chame outras pessoas a se engajar neste movimento para proteger o meio ambiente!

Foto: Jedimenta44/Creative Commons/Flickr

 

Fonte: Conexão Planeta

União Europeia aprova legislação para banir plásticos descartáveis

-Notícia de 03/2019
Foto: NOAA

O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (27) uma legislação para banir em toda a União Europeia (UE) uma série de produtos plásticos descartáveis, incluindo cotonetes, canudos, copos, pratos e talheres. A proibição entrará em vigor em 2021.

O texto foi aprovado por maioria esmagadora entre os eurodeputados reunidos em Estrasburgo, na França, com 560 votos favoráveis, 35 contrários e 28 abstenções.

A proposta apresentada pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, já havia sido aprovada em negociações com os estados-membros e outras autoridades do bloco europeu.

A medida proíbe o uso de plásticos descartáveis aos quais existem alternativas feitas de outros materiais no mercado e, em caso de produtos para os quais não existem, visa reduzir seu consumo em nível nacional, aumentar a exigência em sua produção e rotulagem e criar novas obrigações para os produtores em relação a gestão e limpeza de resíduos.

Entre os produtos banidos estão os chamados plásticos oxidegradáveis – que ao se degradar se dividem em pequenas partículas –, bem como os recipientes de poliestireno expandido, frequentemente utilizados em embalagens de comidas para viagem.

A proposta também estabelece o objetivo de reciclar 90% das garrafas de plástico até 2029, além de obrigar que sua composição contenha 25% de material reciclado até 2025 e 30% até 2030.

O texto ainda visa forçar os produtores de certos produtos a arcarem com os custos de limpeza, coleta e reciclagem desses artigos. A medida deve atingir principalmente a indústria do tabaco.

“Uma ponta de cigarro jogada no mar contamina entre 500 e mil litros de água”, afirmou o relator da proposta, o eurodeputado belga Frédérique Ries.

Devido a sua lenta decomposição, os plásticos representam um problema em especial para os oceanos. Segundo a Comissão Europeia, os produtos incluídos na proposta representam mais de 70% do lixo marinho, cujos resíduos são encontrados em muitas espécies, como tartarugas, baleias e aves, além de frutos do mar destinados ao consumo humano.

Quando apresentou sua proposta, em maio de 2018, a Comissão Europeia alertou contra o risco de haver mais plásticos do que peixes nos oceanos até 2050, se nada fosse feito para combater a poluição.

Com as medidas, a Comissão Europeia projeta reduzir as emissões de dióxido de carbono em 3,4 milhões de toneladas. Segundo cálculos, danos ambientais no valor de 22 bilhões de euros podem ser evitados até 2030. E os consumidores poderiam economizar até 6,5 bilhões de euros.

Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia, disse que a UE deu um passo importante para reduzir o lixo e a poluição por plástico. “A Europa está estabelecendo padrões novos e ambiciosos, abrindo caminho para o resto do mundo”, acrescentou ele, lembrando que o continente europeu não é a pior fonte de poluição plástica.

“Embora nossa parcela na poluição seja relativamente limitada, nossa mudança de modelo econômico tem um impacto global”, disse o holandês. “Países asiáticos estão muito interessados no que estamos fazendo. Países da América Latina também.”

Após a aprovação pelo Parlamento Europeu, cabe agora ao Conselho de Ministros finalizar a adoção formal das medidas. Os países-membros da UE terão então dois anos para transpor as novas regras em sua legislações nacionais.

Por: Deutsche Welle

Fonte: Brasil Mergulho

UNIDO discute com SEBRAE parcerias para desenvolver cadeia de biogás no Brasil

O representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) para Brasil e Venezuela, Alessandro Amadio, participou na semana passada (15) de reunião em Foz do Iguaçu (PR) com representantes do SEBRAE dos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso para discutir parcerias no desenvolvimento da cadeia de biogás no Brasil.

-Notícia de 02/2019
UNIDO discute com SEBRAE parcerias para desenvolver cadeia de biogás no Brasil. Foto: UNIDO/Renata Thomazi
UNIDO discute com SEBRAE parcerias para desenvolver cadeia de biogás no Brasil. Foto: UNIDO/Renata Thomazi

O representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) para Brasil e Venezuela, Alessandro Amadio, participou na semana passada (15) de reunião em Foz do Iguaçu (PR) nas dependências do Parque Tecnológico Itaipu com representantes do SEBRAE dos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso para discutir parcerias no desenvolvimento da cadeia de biogás no Brasil.

A reunião também teve a participação do diretor-presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás), Rodrigo Regis de Almeida Galvão. A agenda incluiu visita ao projeto Entre Rios do Oeste-PR, com a presença do prefeito em exercício, Ari Maldaner, e do secretário de Agricultura, Gilmar Backes, além da equipe técnica do CIBiogás, responsável pela execução da iniciativa.

A comitiva também visitou a Cerâmica Stein, que utiliza o biogás na geração de energia elétrica para autoconsumo — um exemplo de complexo agroindustrial com produção animal na mesma propriedade e que utiliza dejetos para produzir biogás na geração de energia elétrica.

A agenda foi finalizada com palestra na Unidade de Demonstração de Produção de Biogás e Biometano de Itaipu, purificação e refino para biometano, com a presença do diretor-presidente do CIBiogás. A comitiva acompanhou o recebimento e tratamento dos dejetos recebidos, a geração de biogás, o refino para conversão em biometano e o abastecimento da Frota de Ciclo Otto de Itaipu.

Projeto Biogás Entre Rios do Oeste

O projeto de Entre Rios do Oeste é denominado como “Mini Central Termelétrica do Projeto de P&D Copel em Entre Rios do Oeste”.

Com a implementação da iniciativa, o município de Entre Rios do Oeste, com população estimada em 4,5 mil pessoas, recebe como benefício o tratamento de 215 toneladas por dia de dejetos da suinocultura, provenientes de 17 propriedades, que reúnem cerca de 39 mil suínos, que produzem 4.600m³/dia de biogás.

Esta produção transforma o passivo ambiental em ativo energético, com energia gerada de 250 MWh.mês, com 480kW de potência instalada.

Essa energia é suficiente para atender todos os prédios da Prefeitura, e ainda gerar um excedente energético de 58% em relação ao consumo médio de 158 MWh.mês, além da geração de biofertilizante produzido na biodigestão dos dejetos e renda ao proprietários, fomentando a agricultura familiar no município.

O projeto foi financiado pela Copel – Companhia Paranaense de Energia, com investimento de 19 milhões de reais, executado por CIBiogás e Fundação do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). A prefeitura de Entre Rios do Oeste cedeu o terreno, maquinário e terraplenagem da Mini Central, e os produtores rurais investiram nas instalações dos biodigestores nas respectivas propriedades.

Fonte: Nações Unidas Brasil

Miembros de GAIA LAC representaron a las organizaciones ciudadanas de Latinoamérica en UNEA-4

-Notícia de 03/2019

Alejandra Parra de la Red de Acción por los Derechos Ambientales RADA y Alex Cardoso del Mncr- Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, representaron a las organizaciones ciudadanas de Latinoamérica en la IV reunión de la Asamblea de Naciones Unidas por el Medio Ambiente UNEA-4.

 

Nairobi, Kenia – La IV sesión de la Asamblea de las Naciones Unidas sobre el Medio Ambiente (UNEA-4), concentró bajo el tema Soluciones innovadoras para los desafíos ambientales y consumo y producción sustentable a más de cinco mil representantes y autoridades de 193 países.

Los miembros representantes del movimiento #BreakFreeFromPlastic y de la sociedad civil, continuaron conversaciones que se habían iniciado en UNEA-3 y que proponen una estrategia de cuatro pilares, que a la fecha ha sido respaldada por más de 90 organizaciones de todo el mundo. Los cuatro pilares de la estrategia son:

  1. Coordinación y cooperación de los mecanismos existentes.
  2. Medidas vinculantes para reducir la contaminación plástica.
  3. Apoyo económico para implementar actividades.
  4. Apoyo técnico para asegurar una toma de decisiones informada, basada en la ciencia y que evita soluciones falsas para la crisis de la contaminación por plástico.

En cuanto a los representantes de GAIA, Alejandra Parra de la RADA, Chile y Alex Cardoso del MNCR, Brasil, participaron de la asamblea haciendo seguimiento a las resoluciones propuestas y en foros donde se discutieron los puntos de vista y experiencias de los distintos actores de la sociedad civil presentes. Alejandra, expuso los impactos del desarrollo en comunidades locales e indígenas, resaltando su valor y haciendo hincapié en que ante la necesidad de solucionar el problema del plástico, no se consideren soluciones falsas como la incineración de residuos. Por su parte, Alex, destacó la importancia de integrar a los recicladores de base a los planes de gestión de residuos.

 

La IV sesión de la UNEA concluyó sin cumplir las expectativas respecto a la forma de enfrentar la crisis mundial por contaminación plástica. Si bien estados miembro como Noruega, Japón, Sri Lanka e India propusieron varias resoluciones respecto a la urgencia de actuar para abordar el problema del plástico y que obtuvieron un amplio respaldo entre la mayoría de los países, una minoría liderada por EE.UU diluyó las negociaciones. De este modo, se culminó con un acuerdo general provisional no vinculante que busca frenar la contaminación marina por plásticos y micro plásticos que entraría en vigor en 2030 y no en 2025 como estaba presupuestado. Las resoluciones principales abordan temas como soluciones innovadoras para los desafíos climáticos, eficiencia de recursos, productos químicos y residuos, biodiversidad y consumo responsable, gobernanza ambiental, una disminución de plásticos de un solo uso, mejoramientos de sistemas y tecnología, supervisión ambiental de la calidad del aire, agua y suelo, biodiversidad y deforestación, basura marina, productos químicos y desechos.

La próxima sesión UNEA-5, se realizará el  22-26 febrero 2021 en Nairobi, Kenia.

Fonte: GAIA

 

Mutirão de apoio aos catadores de Brumadinho, Minas Gerais

-Notícia de 02/2019

Nesta segunda, 25 de fevereiro, em que completam 30 dias do rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Córrego do Feijão, a solidariedade marcou presença no Mutirão de apoio emergencial aos trabalhadores da coleta seletiva de Brumadinho.Mutirão de apoio aos catadores de Brumadinho, Minas Gerais

Como toda a população local, atingida direta ou indiretamente pela tragédia, há um mês os catadores de materiais recicláveis enfrentam traumas como perda de familiares e dificuldades de acesso ao trabalho. As consequências acarretam desmotivação, queda da produtividade e de renda da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Vale do Paraopeba (ASCAVAP), que conta com 26 profissionais, mulheres e homens.

O mutirão solidário trouxe 13 catadores de outras associações e cidades, ligadas à Rede Cataunidos, da qual a ASCAVAP faz parte, para ajudar os colegas a recuperarem seus ganhos e autoestima. De segunda a quinta-feira dessa semana, 25 a 28/02, os voluntários reforçam o grupo compartilhando técnicas e esforços na triagem do material acumulado, para potencializar as vendas e aumentar a renda de forma rápida e compensatória.

Além de otimizar a triagem, o mutirão solidário inclui assessoria técnica de gestão, estudo de impacto, diálogos e dinâmicas acolhedoras. Junto à Rede Cataunidos, estão empenhados nesse conjunto de ações: o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), a Associação Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (ANCAT), o Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA) e o Observatório da Reciclagem Inclusiva e Social (ORIS).

Confira as fotos do primeiro dia do Mutirão de apoio à ASCAVAP, feitas pelo fotógrafo, catador e liderança do MNCR, Gilberto Chagas:

Nesta segunda, 25 de fevereiro, em que completam 30 dias do rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Córrego do…

Publicado por INSEA em Segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

 

 

 

Fonte: MNCR

São Paulo abre 5º pátio de compostagem

Local é utilizado como depósito de resíduos orgânicos e gera adubo usado em parques e praças da cidade

– Notícia de 01/2019
São Paulo abre 5º pátio de compostagem
Foto: Divulgação/PMSP

Foi aberto nesta quarta-feira (9) o quinto pátio de compostagem de São Paulo. A unidade com capacidade de receber mais de 2,8 mil toneladas de resíduos por ano foi instalada no bairro Ermelino Matarazzo, localizado na zona leste da capital.

O pátio dispõe de nove canteiros que podem receber, semanalmente, até 60 toneladas de materiais (frutas, legumes e verduras), provenientes de 16 feiras livres.

“Hoje já conseguimos dar a resposta adequada a 20% das feiras da cidade. Pretendemos até o fim de 2020 ter 100% dos resíduos de feiras sendo tratados adequadamente”, disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).

A partir do tratamento dos detritos é gerado um composto orgânico, usado para adubar a terra de parques e praças públicos. O material também será distribuído gratuitamente aos moradores da cidade.

Outros pátios

Além da unidade em Ermelino Matarazzo, a cidade conta com outros quatro pátios de compostagem. Sendo dois também na zona leste: São Mateus e Mooca, um na zona oeste, no bairro da Lapa, e um no centro da capital, na Sé.

Fonte: Destakjornal

Coca-Cola, PepsiCo y Nestlé, los mayores contaminadores plásticos en el mundo revelan limpiezas y auditorías de marca

– Notícia de 10/2018
Clean-up and Brand Audit Activity at Miramar Beach in Mexico.
Greenpeace organises a clean-up activity and brand audit at the Miramar Beach in Tamaulipas, Mexico. The brand audit is used to determine who are the corporations that pollute our oceans the most with single use plastics.

 

Manila, Filipinas, 09 Octubre 2018.- Coca-Cola, PepsiCo y Nestlé fueron las empresas más encontradas durante las 239 limpiezas y auditorías de marca realizadas en 42 países y 6 continentes, según el movimiento Libérate del Plástico (BreakFreeFromPlastic). Se auditaron más de 187,000 piezas de basura plástica y se identificaron miles de marcas cuyos empaques están hechos de plásticos de un solo uso, los cuales contaminan nuestros océanos y vías fluviales a nivel mundial. Coca-Cola fue el principal contaminador en la auditoría global, produciendo contaminación plástica en 40 de los 42 países participantes. Este esfuerzo de auditoría de marca es el panorama más completo de las principales empresas contaminantes con plástico en todo el mundo.

«Estas auditorías de marca ofrecen una prueba irrefutable del papel que desempeñan las empresas para perpetuar la crisis mundial de contaminación plástica», dijo el Coordinador Global de Libérate del Plástico, Von Hernandez. «Dado que siguen produciendo envases de plástico desechables problemáticos e irrecuperables para sus productos, estas empresas son culpables de destruir el planeta en una escala masiva. Ya es hora de que se responsabilicen y de que dejen de culpar a los ciudadanos por los desperdicios y contaminación de sus productos».

Las auditorías, dirigidas por las organizaciones miembros de Libérate del Plástico [1], encontraron que Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé, Danone, Mondelez International, Procter & Gamble, Unilever, Perfetti van Melle, Mars Incorporated y Colgate-Palmolive fueron las marcas multinacionales más recogidas durante las limpiezas, justo en ese orden. Este ranking de empresas multinacionales incluyó sólo marcas encontradas en al menos 10 de los 42 países participantes. En general, el poliestireno, que no es reciclable en la mayoría de las ubicaciones, fue el plástico más encontrado, seguido muy de cerca por el PET, un material utilizado en botellas, contenedores y otros envases.

Los principales contaminadores en Asia, según el análisis, fueron las marcas Coca-Cola, Perfetti van Melle y Mondelez International. Estas marcas representaron el 30% de toda la contaminación plástica contabilizada por voluntarios. En Asia, las auditorías de marca de este año se basan en una limpieza y en una auditoría con una semana de duración en la Isla de la Libertad, Filipinas en 2017, donde Nestlé y  Unilever fueron los principales contaminadores.

En América del Norte y del Sur, las marcas Coca-Cola, PepsiCo y Nestlé fueron las principales contaminadoras, representando el 64% y el 70% de toda la contaminación plástica con marca idenificada, respectivamente.

«En América Latina, las auditorías de marca asignan la responsabilidad a las compañías que producen plásticos inútiles y a los gobiernos que les permiten colocar su carga, desde la extracción hasta la eliminación, en comunidades mayoritariamente vulnerables y pobres», dijo la coordinadora de GAIA para América Latina, Magdalena Donoso. «Los miembros de BFFP en América Latina están exponiendo esta crisis y promoviendo estrategias de cero desperdicio relacionadas con nuestras comunidades». En México, los principales contaminadores fueron CocaCola, PepsiCo y Nestlé, en ese orden.

También en Europa, las marcas Coca-Cola, PepsiCo y Nestlé fueron los principales contaminadores identificados, éstas representan el 45% de la contaminación plástica encontrada en las auditorías ahí realizadas. En Australia, las marcas 7-Eleven, Coca-Cola y McDonald’s fueron las principales contaminadoras identificadas, las cuales representan el 82% de la contaminación plástica encontrada. Y, finalmente, en África, las marcas ASAS Group, Coca-Cola y Procter & Gamble fueron las principales marcas recolectadas, representando el 74% de la contaminación plástica de ese continente.

«Estas auditorías de marca están cediendo la responsabilidad a quien le pertenece, ya que las corporaciones producen infinitas cantidades de plásticos que terminan en el Océano Índico», dijo Griffins Ochieng, Coordinador de Programas del Centro de Justicia y Desarrollo del Medio Ambiente en Kenia. «Realizamos limpiezas y auditorías de marca en dos sitios en Kenia para identificar a los principales contaminadores corporativos de la región y hacerlos responsables. Ahora más que nunca, urge que se liberen del plástico las comunidades que dependen del océano para su subsistencia, salud y bienestar».

Libérate del Plástico está pidiendo a las empresas que reduzcan el empleo de plásticos de un solo uso, que rediseñen los sistemas de entrega para minimizar o eliminar el embalaje, y que se responsabilicen de la contaminación plástica que están mandando a los sistemas de gestión de residuos y al medio ambiente.

Si bien las auditorías de marca no brindan un panorama completo de la huella de contaminación plástica de las empresas, hasta ahora son el mejor indicador de los mayores contaminadores plásticos a nivel mundial. El movimiento Libérate del Plástico está instando a las compañías a que dejen de utilizar los plásticos de un solo uso y den prioridad a la innovación y los sistemas alternativos de entrega de productos.

Notas:
Para ver los resultados completos, consulte aquí el informe (en inglés) de auditoría de marca de Libérate del Plástico: https://www.breakfreefromplastic.org/reports/
Resumen ejecutivo, en español, aquí: https://storage.googleapis.com/planet4-mexico-stateless/2018/11/c9fd0594-c9fd0594-corporativos-que-mas-contaminan-el-mundo-con-plastico.pdf
[1] Libérate del Plástico es un movimiento global que prevé un futuro libre de contaminación plástica. Desde su inicio en septiembre de 2016, casi 1,300 grupos de todo el mundo se han unido al movimiento para exigir reducciones masivas en plásticos de un solo uso e impulsar soluciones duraderas para la crisis de contaminación plástica. Estas organizaciones comparten los valores comunes de protección ambiental y justicia social, los cuales guían su trabajo a nivel comunitario y representan una visión global y unificada. www.breakfreefromplastic.org
Foto y video:
Para ver fotos y videos de las auditorías de marcas en todo el mundo, haga clic aquí: https://media.greenpeace.org/collection/27MZIFJWQQ88P

Contactos:
Perry Wheeler, Especialista Senior en Comunicaciones de Greenpeace USA, P: +1 301 675 8766
Shilpi Chhotray, Director de Comunicaciones de Libérate del Plástico, P: +1 703 400 9986
Claire Arkin, Asociada de Comunicación y Campaña de GAIA, P: +1 510-883-9490
Angélica Simón, Medios Greenpeace México, al 0445534313544 y al correo asimon@greenpeace.org

Fonte: Greenpeace