Espaços de doações e trocas é inaugurado em São Paulo

give box

As casinhas Give Box, além de fortalecerem o elo comunitário dos bairros, levanta a reflexão acerca do consumo desenfreado

O mundo sofre impactos há tempos com o consumo desenfreado. Os produtos saem das fábricas com data de validade curta. A durabilidade daquilo que compramos é cada vez menor. A produção aumenta vertiginosamente. Muitos usam a justificativa de que a oferta precisa aumentar de acordo com a demanda dos consumidores. Mas então, se o consumidor influencia no aumento, também pode gerar impacto para que haja a diminuição.

É nesse sentido que nasce o espaço Give Box. Uma iniciativa, que além de tentar frear o consumo descontrolado, e consequentemente diminuir o descarte de resíduos que podem ser reaproveitados, cria um ambiente colaborativo com forte viés comunitário ao redor de casinhas Give Box. Isto através do objetivo de viabilizar trocas e doações de materiais e objetos entre aqueles que vivem na comunidade local, como um uma loja livre onde todos podem pegar e deixar, sem influenciar no aumento da produção de consumo.

No Brasil, existem outros projetos parecidos, como Escambo, Armário Coletivo, Cabide solidário, Gaiolas literárias. A primeira casinha Give Box foi inaugurada no dia 21 de abril, no Ponto de Economia Solidária e Cultura do Butantã, na avenida Corifeu de Azevedo Marques, número 250.

Para construir uma casinha, existem manuais em inglês e em alemão. Também há um mapa de casinhas Give Box espalhadas pelo mundo. Ainda, 4 casinhas estão disponíveis para serem alocadas em algum espaço, para sugerir um local preencha o formulário.

 

Moradores ganham luta travada contra a segunda maior empresa de cimento do mundo

 

cimento

Líderes comunitários de uma região da Eslovênia ganharam uma luta travada há dez anos contra a segunda maior empresa de cimento do mundo, a Lefarge. Há anos, a companhia praticava técnicas de incineração de lixos tóxicos provenientes da produção de cimento na região, que tem a maior taxa de câncer do país.

Quando a queima começou, Uroš Macerl and Eko Krog, líderes de movimentos da região, iniciaram uma campanha contra a Lefarge, expondo fraudes da empresa, organizando grandes manifestações e construindo estratégias legais para bloquear a prática de incineração dos materiais.

Neste contexto, GAIA – Global Alliance for Incinerator Alternatives (Aliança Global para Alternativas à Incineração), principal apoiadora da Aliança Resíduo Zero Brasil, dá suporte para as organizações que lutam contra a incineração na produção de cimento, incluindo trabalhos com organizações nacionais e desafiando políticas que sustentam e expandem esta prática perigosa.
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Produzimos tanto lixo que criamos nova camada geológica cheia de futuros fósseis

cama terra lixo

Matéria publicada originalmente no Uol Notícias

Você sabe que o consumismo desempenha um enorme papel na mudança climática –todo o combustível fóssil que temos de queimar para fabricar e transportar nossas coisas, todas as árvores cortadas para dar lugar a cidades e empresas em expansão, todo o gado que sacia nosso apetite crescente por hambúrguer e churrasco. Mas o impacto ambiental que todos os nossos bens materiais têm no planeta vai muito além dos gases do efeito estufa emitidos no processo de criar e transportar essas coisas.

Na verdade, grande parte dele tem a ver com o que deixamos para trás. É um fenômeno criado pelo homem tão grande que os cientistas sugerem que está sendo criada uma nova camada geológica sobre o planeta, feita de tecnofósseis. A maioria das pessoas associa as camadas geológicas a eras longínquas: os paleontólogos desenterram fósseis de estegossauros ou corais antigos, as incríveis linhas em camadas do Grande Cânion testemunham bilhões de anos de vida na Terra. Mas nós estamos criando nossa própria cobertura do planeta, que sobreviverá a nós.

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