Debate: Os impactos do Acordo de Paris para o Brasil

No próximo dia 4 de março (sexta-feira), o Museu do Amanhã, em parceria com o Observatório do Clima – rede de entidades da sociedade civil que discute mudanças climáticas –, apresentam “O Acordo de Paris”, primeiro evento de avaliação sobre o Acordo do Clima, documento celebrado por 195 países do mundo em
Paris em dezembro de 2015, durante a COP21, com passos comuns a serem dados rumo a uma economia de baixo carbono. O evento destaca o significado do acordo especialmente para o Brasil.

“O Acordo de Paris” acontece no auditório do Museu, a partir das 9h, com entrada gratuita. AcordodeParisPara participar, inscreva-se aqui (até o dia 03/03).

Foram 21 anos de convenção mundial do clima até que houvesse um consenso sobre como as nações podem contribuir com a mitigação de gases do efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas. O que propiciou este passo histórico? E o que ele significa para o futuro? A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, que esteve na COP21, participa do evento no Museu.

Mediado pela jornalista Sonia Bridi, o encontro será dividido em duas partes. Na primeira, um painel oferece uma explicação detalhada sobre o que, de fato, ficou decidido em Paris e que fatores contribuíram para que o acordo fosse alcançado. Em seguida, uma mesa-redonda irá debater as reverberações do acordo no Brasil em diversos aspectos – do impacto no setor financeiro à importância para a juventude.

Inscrições: acesse o formulário on-line (até o dia 03/03);
Evento aberto ao público e sujeito a lotação do espaço;
A inscrição para o evento não dá acesso às demais atrações do Museu;
Entrada no prédio pela porta lateral.

Conheça abaixo todos os participantes e temas do evento:

9h – Abertura e boas-vindas
Ricardo Piquet, diretor-geral do Museu do Amanhã.

Painel “O fim do impasse: a COP21 e um novo momento para o combate à mudança climática”
Moderação: Sônia Bridi, jornalista
9h05 – 10h35

O que foi decidido em Paris
Embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho (a confirmar)
O papel da presidência francesa
Laurent Bili, embaixador da França no Brasil
O trabalho começa agora: traduzindo os compromissos de Paris
Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima
O que Paris significa para o Brasil
Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente

Abertura para debate

Mesa-redonda: “Implicações do Acordo de Paris para o Brasil”
Moderação: Sônia Bridi, jornalista
11h – 12h30

Energia
Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
Indústria e transportes
Celina Carpi, presidente do Conselho do Instituto Ethos e conselheira da Libra Holding
Agropecuária
Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira
Cidades
Pedro Jacobi, presidente do Conselho do Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade
Juventude
Iago Hairon, coordenador do Grupo de Trabalho sobre Clima do Engajamundo

 

Fonte:Observatório do Clima.

Cidade alemã proíbe cápsulas de café em repartições públicas

Decisão foi tomada por Hamburgo, 2ª maior cidade da Alemanha. Para departamento ambiental, cápsulas não são facilmente recicladas.

Fonte: g1.com.br/ Cidade alemã proibiu cápsulas de café em repartições públicas (Foto: Denis Balibouse/Reuters)
Fonte: g1.com.br/ Cidade alemã proibiu cápsulas de café em repartições públicas (Foto: Denis Balibouse/Reuters)

A cidade de Hamburgo, a segunda maior da Alemanha, proibiu a compra de cápsulas descartáveis de café por repartições públicas, em uma medida para reduzir a quantidade de lixo que polui o meio ambiente, segundo o jornal inglês “Independent”.

Jan Dube, porta-voz do departamento de Meio Ambiente e Energia de Hamburgo, destacou que tais cápsulas não são facilmente recicladas, porque são muitas vezes feitas a partir de uma mistura de plástico e alumínio.

“Nós aqui em Hamburgo pensamos que essas cápsulas não devem ser compradas com o dinheiro dos contribuintes”, disse Dube.

A medida faz parte de um documento de 150 páginas, que também proibiu a compra de garrafas plásticas de água, produtos de limpeza à base de cloro e pratos e talheres de plástico. Segundo o relatório, tais produtos geram resíduos desnecessários.

Fonte: g1.com.br

Cidade japonesa pretende ser a primeira do mundo a ter lixo zero

A cidade já recicla ou composta 80% do lixo produzido. Mas, em quatro anos a prática deve ser universalizada.

São 34 divisões para a separação do lixo e todos são obrigados a respeitá-las. | Foto: Reprodução/YouTube
São 34 divisões para a separação do lixo e todos são obrigados a respeitá-las. | Foto: Reprodução/YouTube

 

O município de Kamikatsu, em Tokushima, Japão, já é referência mundial em reciclagem. No entanto, os objetivos da cidade para os próximos anos são ainda mais ambiciosos: chegar a produção zero de resíduos.

Para alcançar este alvo, o passo mais importante é a conscientização. Cada um dos 1.700 habitantes é totalmente responsável pelo lixo que produz. Isso significa cuidar da higienização, separação e entrega dos materiais nos pontos de coleta.

Reciclar não é uma tarefa simples em Kamikatsu. Diferente do que acontece em algumas cidades brasileiras que dispõem de serviços de coleta seletiva, os moradores do município japonês não contam com caminhões que fazem a retirada porta a porta. Eles mesmos precisam levar seus resíduos até os postos de recebimento.

Outro cuidado que demanda muito mais trabalho está na hora da separação dos materiais. Enquanto um padrão mundial consiste em dividir os resíduos em: papel, plástico, alumínio, vidro e orgânicos, no Japão o sistema é muito mais complexo e detalhado, são 34 divisões para a separação do lixo e todos são obrigados a respeitá-las.

Atualmente os índices de reciclagem em Kamikatsu já são bem altos. A cidade já recicla ou composta 80% do lixo produzido. Os 20% restantes são destinados a lixões. Mas, em apenas quatro anos essa deverá ser uma prática extinta.

A primeira mudança aplicada na cidade foi a diminuição no montante incinerado. Os processos de reaproveitamento e reciclagem de resíduos permitiu que o município queimasse menos materiais e cortasse os custos com o processo em um terço. O segundo passo para chegar ao lixo zero é trabalhar o consumo consciente. Para isso, nas centrais de coleta, os moradores podem também doar materiais usados ou trocá-los por objetos feitos a partir de resíduos reaproveitados, como ursinhos de pelúcia, bolsas, agasalhos, entre outros, disponibilizados gratuitamente, como incentivo ao reúso.

Pode parecer um esforço grande, mas os moradores locais garantem que ao implementar as práticas na rotina, ela se torna algo simples e natural. Em um vídeo produzido pelo canal Seeker Stories, no Youtube, Hatsue Katayama, explica como é a experiência para ele. “Se você começa a fazer [a separação dos resíduos], se torna natural. Agora, eu não penso sobre isso. Já é natural pra mim separar o lixo adequadamente.”

Fonte: CicloVivo

PNUMA lança coalizão para inspirar ações de redução do desperdício global de alimentos

A iniciativa Campeões 12.3 envolve líderes de todos os setores para criar um movimento político, social e de negócios que ajude a cortar o desperdício pela metade até 2030.

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A iniciativa Campeões 12.3 busca inspirar ações ambiciosas visando a redução da perda e do desperdício de alimentos no mundo. Foto: Flickr/Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (cc)

Uma coalizão formada por 30 líderes internacionais lançou nesta quinta-feira (21) a iniciativa Campeões 12.3 durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, para inspirar ações ambiciosas visando a redução da perda e do desperdício de alimentos no mundo.

O nome do grupo é uma referência à meta 12.3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que busca reduzir o problema pela metade até 2030. A coalizão será copresidida pelo diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, e pelo diretor executivo do Grupo Tesco, Dave Lewis.

“Nós desperdiçamos cerca de um terço da comida produzida todos os anos. É por isso que eu dou as boas-vindas para essa abordagem proativa e colaborativa”, disse Steiner.

A Iniciativa ‘Pensar-Comer-Conservar’, do PNUMA em parceria com a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aumenta a conscientização e promove política e práticas para reduzir o desperdício de alimentos. O chefe do PNUMA lembrou, no entanto, que para essa meta ser alcançada é necessário criar uma importante base de informações sobre os padrões de produção e o consumo nos dias de hoje.

O diretor executivo ainda encorajou todos os Campeões a contribuírem com a medição do desperdício de comida em seus países e organizações de forma a contribuir para alcançar a meta dos dos ODS, “algo fundamental para a segurança alimentar e o combate à fome, bem como para a mudança climática”, completou Steiner.

Reduzir a perda e o desperdício de alimentos pode ser uma vitória tripla: pode fazer com que os produtores, as empresas e os consumidores economizem dinheiro; pode aliviar a fome ao redor do mundo e mitigar os impactos no clima e nos recursos naturais, como a água.

A Campeões 12.3 inclui presidentes de grandes empresas, ministros de Estados, executivos de pesquisas, instituições intergovernamentais, fundações, organizações de produtores e grupos da sociedade civil. Esses líderes trabalharão para criar um movimento político, social e de negócios para reduzir a perda e o desperdício de alimentos ao redor do mundo.

Fonte: Nações Unidas no Brasil 

 

Fundo Clima tem 203 projetos em execução

Relatório anual será divulgado em fevereiro, com R$ 654,7 milhões destinados a reduzir emissões e apoiar ações de adaptação

Por Cristina Ávila, do MMA – 

A finalidade do fundo é financiar projetos, estudos e empreendimentos para a redução dos impactos e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Foto: Paulo de Araújo/MMA
A finalidade do fundo é financiar projetos, estudos e empreendimentos para a redução dos impactos e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Foto: Paulo de Araújo/MMA

O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima apresentará, no dia 3 de fevereiro de 2016, na reunião de seu comitê gestor, o relatório sobre as atividades de 2015. A instituição, que começou a operar em 2011, fechou o ano com 203 projetos em execução, R$ 371,7 milhões já aplicados, além de R$ 200 milhões que estão disponíveis para geração de energia solar e outros R$ 83 milhões para projetos que se encontram em análise.

“Entre os projetos já contratados, estão 13 propostos por empresas que tomaram financiamento com o total de R$ 276,7 milhões reembolsáveis, e 190 projetos que foram apoiados com R$ 95 milhões não-reembolsáveis; recursos distribuídos em todo o país”, relata o gerente do Fundo Clima, Marcos Del Prette.

As verbas são provenientes do orçamento do MMA. O dinheiro destinado a projetos reembolsáveis é repassado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o destinado aos não-reembolsáveis é executado pelo próprio Ministério.

Projetos

Os financiamentos reembolsáveis foram destinados a grandes empreendimentos, como geração de energia de biogás em aterros sanitários, usina de triagem mecanizada de resíduos sólidos e implantação de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), por exemplo.

Entre os financiamentos reembolsáveis, além dos R$ 276,7 já executados, o Fundo Clima tem reservados R$ 200 milhões que serão investidos em energia solar, destinados às empresas que estão em processo de habilitação para a execução de propostas vencedoras em leilão realizado em outubro de 2014. Tem ainda outros R$ 83 destinados a projetos que se encontram em análise.

Os projetos não-reembolsáveis são desenvolvidos por instituições públicas federais, estaduais e municipais, além de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos. Foram investidos recursos em ações como assistência técnica e manejo florestal, recuperação de áreas de preservação permanente, combate à desertificação, energia solar, implantação de infraestrutura de monitoramento para gestão de riscos dos impactos das mudanças climáticas e vulnerabilidade costeira.

Impactos

Del Prette afirma que aproximadamente 40% dos projetos financiados com recursos não-reembolsáveis já foram concluídos. “Este foi um período de estruturação e de testes do Fundo do Clima. Queremos no futuro não apenas avaliar esse tipo de resultado, mas também pretendemos avaliar os impactos na redução das emissões de gases de efeito estufa que resultaram da execução desses projetos. Mas precisamos aguardar, para que as ações executadas tenham tempo de produzir resultados mensuráveis”.

O gerente informa, ainda, que o Fundo Clima está em fase de avaliação externa, e que para isso foi contratada uma instituição – a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU) – cujo trabalho deve ser concluído neste semestre.

Saiba mais sobre o Fundo Clima

Criado pela Lei 12.114/2009 e regulamentado pelo Decreto 7.343/2010, o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima é um instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, instituída pela Lei 12.187/2009. A finalidade é financiar projetos, estudos e empreendimentos para a redução dos impactos e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.

O Fundo Clima é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e disponibiliza recursos reembolsáveis e não-reembolsáveis, que são administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Os recursos não-reembolsáveis são operados pelo MMA. (Ministério do Meio Ambiente)

* Edição: Alethea Muniz 

** Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente.