Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP cria Centro de Valorização de Resíduos Orgânicos

Local servirá de aprendizadCentro valorização eacho para população e estudiosos da área de sustentabilidade

Em processo de instalação, o Centro de Valorização de Resíduos Orgânicos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, é o novo projeto coordenado por Ednilson Viana, iniciado por ele com base na colaboração de alunos, e depois com a participação das professoras Silvana Godoy e Sylmara Dias. O projeto, ainda em fase inicial, tem como intenção dar destaque à importância da gestão de resíduos orgânicos no ambiente urbano, e aproximar o gerador de pequeno e médio porte das possibilidades de gestão demonstrando na prática como funcionam.

O pesquisador questiona a dificuldade de realizar uma gestão completa dos resíduos orgânicos em uma cidade como São Paulo, principalmente contando com questões como a malha viária da cidade, e seu trânsito caótico, e por isso vê importância em construir uma cultura de gestão em pequena escala, com eficácia e reduzindo assim o desperdício de resíduos que, por meio de processos biológicos podem ser utilizados para várias finalidades.

No Centro de Valorização de Resíduos Orgânicos, a ideia é mostrar a prática das metodologias de gestão desse tipo de resíduo, para que sirva de exemplo tanto para a população quanto para se tornar em um ambiente de pesquisa na área. “A intenção é mostrar o biodigestor, compostagem, minhocário, e o produto dessa valorização: o composto orgânico, o húmus do minhocário, e também mostrar a produção de gases do biodigestor, ou seja, colocar as fontes geradoras em contato com essas metodologias”, diz Ednilson. Ele explica que o biodigestor produz, através da digestão anaeróbica (processo em ausência de oxigênio, no qual as reações químicas têm origens biológicas, por meio de bactérias) o biogás, que é composto por Metano (CH4) e Gás Carbônico (CO2), e que tem finalidades como a queima para fogões, geração de energia elétrica ou gás veicular – tudo dependendo da quantidade de gás que o sistema é capaz de produzir.

Um dos planos para o Centro de Valorização de Resíduos Orgânicos da EACH é colocar uma pequena usina de produção de energia elétrica, para a visualização do sistema em produção. Além disso, o grupo montará hortas verticais no Centro para proporcionar a visualização para pessoas que não têm espaço para um jardim em suas casas, assim como plantas ornamentais em canteiros no chão. Essas plantas serão cultivadas com e sem a utilização do composto produzido no local para que os resultados sejam comparados.

O tema tem sido discutido na gestão atual da prefeitura de São Paulo e foi incluído no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de SP de 2014, que a partir da página 114, discorre sobre o problema dos resíduos orgânicos em sua amplitude. De acordo com o documento, que cita e encoraja iniciativas de aproveitamento de resíduos orgânicos em pequena escala em um dos seus itens, é estimado que no Brasil são desperdiçadas 39 mil toneladas de alimentos, entre sua colheita (8%), indústria (15%) e consumidor (20%). Já na cidade de São Paulo, das 12,3 toneladas* de lixo que é recolhido diariamente em residências e estabelecimentos comerciais e públicos, 51%, ou seja, 6,3 mil toneladas, são de resíduos orgânicos. Além disso, outra informação trazida pelo mesmo documento, é que os resíduos orgânicos coletados e dispostos em aterros são responsáveis pela geração de 14% de todo o gás de efeito estufa emitido em São Paulo.

Também no sentido de aproximar o gerador de resíduos de sua gestão, há outro projeto relacionado com o Centro de Valorização da EACH, idealizado pela aluna de mestrado Sulamita França, que é a materialização das informações de gestão produzidas no Centro de Valorização da EACH, em um manual impresso e eletrônico. Este manual terá a função de ser uma ferramenta pensada para facilitar a procura por informação de gestão dos resíduos orgânicos produzidos nas residências e estabelecimentos da cidade de São Paulo.

 

Por Carolina Venciguerra Monteiro

Fonte: http://www.usp.br/aun/exibir.php?id=7301 

 

*12,3 mil toneladas

 

Black Friday e o meio ambiente, qual é a relação?

BlackFriday

 

A Black Friday está de volta no ano de 2015, antes mesmo da data prevista. Este ano as lojas abriram o mês com o Black November. Mas você já chegou a pensar sobre os impactos negativos do consumismo para o meio ambiente?

A Aliança Resíduo Zero Brasil, uma articulação de entidades, movimentos e indivíduos mobilizados em torno do padrão de produção e consumo, de geração de resíduos e do impacto ambiental dos mesmos, manifesta-se contra a consumo desenfreado nesta próxima sexta-feira, quando acontece a chamada Black Friday. A organização chama a atenção para conter-se em relação à produção de resíduos sólidos proveniente do consumismo estimulado por esta ação de marketing.

 

Dilma veta em MP prorrogação do prazo de funcionamento dos lixões

Tema principal da MP era flexibilização para execução de obra de segurança. Dilma vetou todos pontos estranhos à MP, conforme decisão do Supremo.

 

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (20) a medida provisória que flexibiliza a execução de obras de segurança pública, como construções e reforma de presídios. A matéria, no entando, foi sancionada com veto a itens sem relação com o teor original da proposta, como o item que determinava prazo até 2018 para o fim dos lixões. O trecho foi incluído por deputados na proposta quando a MP tramitava no Congresso.

A presidente justificou seu veto com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quinta-feira, o ministro do STF Luís Roberto Barroso concedeu liminar (decisão provisória) para derrubar as regras inseridas pelo Congresso no texto da MP que não tinha relação com a proposta original do Executivo. A decisão do ministro foi tomada após o STF ter decidido, em outubro, pela proibição de incluir em MP temas diferentes da  matéria inicial.

“Os dispositivos são resultado de emendas inseridas no projeto de lei de conversão sem relação de pertinência temática com a medida provisória submetida à apreciação do Congresso Nacional. Assim, são incompatíveis com a Constituição, nos termos de decisão proferida recentemente pelo Supremo Tribunal Federal – STF, em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5.127/DF)”, diz o texto que justifica o veto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

A medida provisória dispensa a administração pública federal, estadual ou municipal de fazer licitação para executar obras na área de segurança pública, permitindo o modelo do Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Durante a tramitação no Congresso, foram inseridas 72 emendas, relacionadas ou não ao objeto inicial da MP 678 – como a mudança em datas para municípios acabarem com lixões e a redefinição de territórios atendidos por cartórios.

Durante a análise de MPs pelo Congresso, é comum a inclusão de emendas sem relação com o texto original, os chamados “jabutis”, porque a tramitação de uma medida provisória é mais célere do que a de um projeto de lei. Os parlamentares costumam usar esse recurso para aprovar rapidamente textos de seu interesse

 Fim dos lixões

Por meio desses “contrabandos” na MP, os deputados aprovaram alterar a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos e prorrogar até agosto de 2018 o prazo para que as cidades brasileiras se adequem às regras de gerenciamento de resíduos sólidos. De acordo com o texto anterior, o prazo terminou em agosto de 2014.

O texto também prorroga até agosto de 2016 a entrada em vigor do trecho da lei que determina que a elaboração de plano estadual e municipal de resíduos sólidos é condição para os estados os municípios terem acesso a recursos da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão e manejo de resíduos sólidos. De acordo com o texto original, o prazo terminou em agosto de 2012.

 

Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/11/dilma-veta-em-mp-prorrogacao-do-prazo-de-funcionamento-dos-lixoes.html

 

Mobilização Mundial pelo Clima

mobilizacaoclima

No dia 29/11 (domingo) acontecerá a Mobilização Mundial pelo Clima. Um evento que mobilizou, até o momento, mais de 80 organizações!

A lista de atividades envolve a participação de:

  • Permacultores Urbanos
  • Escola Bike Anjo
  • Núcleo Raízes
  • Cidades Comestíveis
  • Instituto Sorriso Sustentável
  • Juventude Franciscana (JUFRA) das Chagas
  • MOVIECO

Junte a nós neste movimento! A ARZB terá um bloco na Mobilização, com faixas e cartazes.

 

Trajeto do MASP ao Ibirapuera (saída às 14h30): 

Trajeto da marcha em São Paulo

 

Venha mostrar aos governantes mundiais que nos importamos com o que será decidido na COP21, em Paris.

Confira as informações da práticas e do evento no site: <http://mobilizacaopeloclima.com.br>