Municípios têm de usar os orgânicos em compostagem e biodigestão

Agrofloresta

 

A maior parte dos municípios brasileiros tem menos de 50 mil habitantes. Das 5.570 cidades, 3.915 estão nessa faixa. Os cinturões verdes, áreas ao redor dos centros urbanos formadas de pequenos sítios, chácaras, reservas, pomares são de grande importância para a manutenção da qualidade de vida dos cidadãos. Usar os resíduos orgânicos dessas cidades na agricultura ou na geração e energia ou combustível é a melhor solução.

Além de manterem o microclima regional, nos cinturões verdes são em geral cultivados frutas e hortaliças, para abastecer os mercados urbanos e evitar grandes viagens desses produtos de caminhão, o que significa economia de combustível, diminuição da poluição e melhor condição de consumo –produtos mais frescos na mesa do consumidor.

Pois esses mesmos municípios, os menores, são os que têm mais dificuldades para construir aterros sanitários e conseguir destinar corretamente seus resíduos. A falta de aterros adequados faz com que muitas prefeituras tenham de exportar lixo para outros municípios vizinhos, criando uma rota rodoviária completamente nefasta. Viagens e viagens de resíduos cruzando o país.

Em grande parte dos municípios litorâneos, o problema se agrava. Por causa da proximidade de mananciais, não é permitido fazer aterros.

Esses dois fatores –municípios pequenos com cinturões verdes e dificuldade de destinar adequadamente os resíduos– apontam para as soluções da compostagem e biodigestão de orgânicos. Essa é a opinião de Elisabeth Grimberg, coordenadora da área de resíduos sólidos do Instituto Pólis e uma das articuladoras da Aliança Resíduo Zero Brasil.

“É um absurdo que essas cidades enterrem os orgânicos que geram e deixem de usá-los de volta na terra, como adubo, ou como energia ou combustível, do biogás, todas essas aplicações que poderiam melhorar as economias locais. O perfil dos municípios brasileiros é este”, diz.

Para Elisabeth, a sociedade tem de pressionar os gestores para que haja a coleta em três frações tão logo quanto possível, a saber: recicláveis, orgânicos e não-recicláveis. Calcula-se que 60% dos resíduos domésticos seja de orgânicos. Com a separação e aproveitamento dessa parte, o volume de resíduos a encaminhar para os aterros diminui drasticamente. Os não-recicláveis, chamados de rejeitos, são os únicos que devem ser destinados aos aterros.

“Desde 2010 já se sabe que apenas os rejeitos devem ir para os aterros. Por isso, não adianta lutar só pelo fim dos lixões. Hoje, temos de focar no debate e na implantação da coleta separada de orgânicos e no seu aproveitamento”, diz.

Os orgânicos e os restos de podas de árvores podem ser usados localmente para alimentar a agricultura dos cinturões urbanos. Num mesmo local podem ser instalados usinas de biogás e área de compostagem. Elisabeth cita o exemplo do Consórcio Verde Brasil, na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

“Existem alternativas tecnológicas importantes e possíveis”, afirma.

Para tratar desse assunto e discutir sobre as possibilidades de mudança na atual Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) o Instituto Pólis faz um seminário no dia 28 de maio, em São Paulo. As inscrições podem ser feitas pelo site polis.org.br.

Uma das palestrantes será Magdalena Donoso, coordenadora da Aliança Global para Alternativas à Incineração, GAIA, América Latina.

 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/maragama/2015/04/1620557-municipios-tem-de-usar-os-organicos-em-compostagem-e-biodigestao.shtml#

Brazil’s São Paulo launches plastic bag restrictions, fines

Supermarkets in São Paulo can now only offer plastic bags made from plant-based plastics, and those bags must be color-coded green or gray.
Supermarkets in São Paulo can now only offer plastic bags made from plant-based plastics, and those bags must be color-coded green or gray.

Brazil’s mega-city of São Paulo initiated a ban on petroleum-based plastic grocery bags on April 5, following a multi-year dispute between plastic industry trade groups and city government.

Supermarkets can now only offer bags made from plant-based plastics, and those bags must be color-coded green or gray for use with recycling or trash. Citizens who don’t use the bags properly face potential fines.

São Paulo aims to increase recycling by requiring that only the green bags be used for recyclables, an unusual provision in a bag law. But critics are skeptical, saying the new regulation alone — without major investment in collection services — won’t greatly boost recycling.

São Paulo’s initial effort to ban plastic grocery bags in early 2012 was quickly halted by industry legal action and vocal consumers, who complained they were being cheated when grocers stopped providing plastic bags, which Brazilians rely on as liners for small trash cans at home.

Grocers can now offer only biodegradable plastic bags colored green and gray, or any type of plant-based packaging such as cardboard boxes, at no cost or for a few cents. The law says bags must have at least 51 percent plant-based content.

Stores that continue distributing non-biodegradable plastic bags will face fines of up to 2 million real ($644,000). Citizens must use green bags at home just for recyclables, or face fines of 50 to 500 real ($16 to $161).

“It’s not all about applying fines, it’s about creating a movement in the city for recycling,” said Simão Pedro, secretary of public services in São Paulo, in an April 7 news conference. “The city will adapt slowly and rely on the efforts of citizens and businesses in this educational process.”

São Paulo’s biggest retailers — Carrefour and Grupo Pão de Açúcar — said they will charge 0.08 real ($0.03) per bag. Most major grocers already sell reusable cloth bags.

Simao Pedro

Latin America’s second most populous city, with 11.9 million people, generates 12,500 tons of residential waste daily, but recycles just 3 percent of it, according to local figures. Officials want to increase the recycling rate to 10 percent by 2016.

Municipal garbage collection is available for 68 percent of residents, or 86 out of 96 districts. The city says neighborhoods that don’t have public recycling collection won’t be inspected for proper bag use.

But since public recycling is far from city-wide, the law alone — without investment in broader collection and education — carries little weight, said Renata Amaral, researcher at the Brazilian Institute for Consumer Defense.

“The consumer in these districts [without municipal collection] … will continue to have those [green] bags taken to landfills,” she said.

Plastic bags are considered by some to be a major contributor to flooding problems in São Paulo. Large black and old plastic grocery bags can still be used for garbage under the new law.

Elisabeth Grimberg, coordinator for solid waste at the non-profit Instituto Pólis, says the law should have been focused on eliminating all plastic bags.

“To invest in creating a new [green] plastic bag means generating one more piece of waste that is not necessary for the functionality of recycling,” she said. “This reinserts plastic into the conversation, even though there is a replacement: the permanent reusable bag.”

 

Fonte:http://www.plasticsnews.com/article/20150409/NEWS/150409920/brazils-s%C3%A3o-paulo-launches-plastic-bag-restrictions-fines